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Feira agroecológica traz alimentos orgânicos como alternativa para vida saudável

  • Foto do escritor: Mobiliza Prexc
    Mobiliza Prexc
  • 23 de abr. de 2018
  • 3 min de leitura

Ao falarmos de uma boa alimentação, é comum associarmos frutas, legumes e cereais a um estilo de vida mais saudável. No entanto, nem sempre a receita para melhorar a saúde do nosso corpo vem de produtos de origem natural.


O que justifica a atenção ao consumirmos alimentos, aparentemente nutritivos, é simples: o uso de agrotóxico. Uma pesquisa publicada em 2015 pela Fundação Oswaldo Cruz apontou que cada brasileiro consome até 7 litros de defensivos químicos por ano.


Pensando nesse assunto, a Feira Agroecológica da UFPI, projeto inserido no Programa de Extensão Sementes de Cultura, vem desde 2017 abrindo os braços para a comercialização de alimentos orgânicos e a discussão destes temas, além de apresentar atividades artísticas, como apresentações musicais, e visibilizar a produção de artesanato da cidade.


Realizado a cada 15 dias, o espaço integra diversos campos do conhecimento e incentiva os visitantes a assimilar a agroecologia que, segundo a coordenadora do projeto, Profa. Drª Valéria Silva,“É me entender como sendo parte da a natureza, por isso eu não posso me relacionar com ela de modo predatório”.

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A explicação é dada por conta dos prejuízos que produtos químicos causam às plantações. O agricultor Domingos Marino é um dos feirantes que abandonou os agrotóxicos. “A gente chegava em casa com dor de cabeça e íamos direto pro hospital. Isso aconteceu comigo uma vez por causa de uma plantação de feijão”, relata.

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Hoje, o Sr Domingos deixa bem claro: “ninguém mais gasta dinheiro com isso porque acaba com a vida do agricultor e a vida do consumidor. Agora, temos nosso produto limpo e a Feira Agroecológica porque já sei que é um lugar certo onde a gente vai vender”, conta.


“ALIMENTOS QUASE COMO PLÁSTICOS”


A jornalista Clarissa Fortes é uma das frequentadoras. Ela diz que abandonou há dois meses o consumo de carnes e procura aproveitar ao máximo os produtos da Feira Agroecológica. “É importante a gente comprar de lugares onde sabe a origem do alimento. Depois que mudei a alimentação eu senti uma melhora na minha saúde, principalmente no ciclo menstrual, pois eu sentia dores de cabeça e isso acabou”, relata.

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A busca por alimentos com origem reconhecida tem mudado o comportamento de alguns consumidores, é o caso da artesã Socorro Araujo, que além de apresentar sua produção na Feira, cultiva uma pequena horta em seu apartamento. “Usamos muito produtos industrializados. Mas eu cultivo dentro de casa plantas como alecrim, manjericão e outras coisas que gosto de usar na minha alimentação”, finaliza.

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A nutricionista e apoiadora do projeto, Tamara Meirelles, explica que quando o alimento é cultivado na base de proteção de químicos externos, a planta deixa de produzir alguns nutrientes, pois o alimento entende que não precisa mais se defender, porque já vem essa “espécie” de proteção externa.

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Segundo ela, a planta geralmente produz alguns defensivos próprios. No caso do tomate, é produzido um agente chamado licopeno, que ajuda no combate ao câncer. No entanto, esse agente é cortado na medida em que a o alimento passa a receber agrotóxico. Tamara completa afirmando que: “se não vem as propriedades nutritivas do alimento, são alimentos quase como plásticos”.


A Feira Agroecológica é uma das ações de extensão da Universidade Federal do Piauí (UFPI), por meio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PREXC), que visa permitir o acesso da população teresinense ao consumo de alimentos sem agrotóxicos. O projeto acontece quinzenalmente, às sextas-feiras pela manhã, no espaço Rosa dos Ventos, localizado na entrada da UFPI.

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