Projeto na UFPI leva orientação nutricional para idosos prevenirem a hipertensão
- Mobiliza Prexc
- 27 de abr. de 2018
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A hipertensão, conhecida popularmente como “pressão alta”, é uma doença que atinge cerca de 23,2% dos teresinenses. É o que informa a pesquisa da Vigitel Brasil de 2016, o número é superior a de outras capitais, como as vizinhas São Luís (18,2%) e Fortaleza (22,1%).
A doença ocorre quando a pressão do sangue aumenta dentro das artérias. Ela acomete principalmente os idosos, sendo que mais da metade, cerca de 64,2% deste grupo, é atingido pelo problema. Além disso, a hipertensão cresceu cerca de 14,2% no brasil de 2015 para 2016.
Orientação Nutricional na UFPI
O Programa da Terceira Idade (PTIA), vinculado a Pró-reitoria de Extensão e Cultura (PREXC) da UFPI, oferta em cada semestre o curso de Avaliação e Orientação Nutricional para os idosos voltado para a prevenção da hipertensão. Os encontros duram seis meses e acontecem toda quinta-feira, pela manhã, na Universidade Federal do Piauí.

Com 25 integrantes, o objetivo do grupo é discutir e agregar os conhecimentos científicos da nutrição para mudar o comportamento alimentar dos participantes. “A gente verifica como estão as práticas alimentares deles no dia a dia. A partir disso, fazemos nossas modificações quando necessárias durante aulas, rodas de conversa, aulas expositivas e seminários”, explica a nutricionista e Profa. Dra. Maria do Socorro Alencar.
Em relação à hipertensão, a professora diz que o importante não é retirar o alimento, mas reduzi-lo. Ela cita a questão do sódio, que, segundo ela, é o que mais contribui para o aumento da pressão arterial. “O adequado é consumir 2 mil/mg de sódio, no entanto, a média da população brasileira está sendo de 12 mil/mg”, aponta.
Tal saber é crucial para mudar certos hábitos alimentares. Lucia Sobral começou no PTIA através da pintura em tela e hoje é uma das pessoas atingidas positivamente pelas orientações nutricionais. Agora, ela participa do curso e relata que passou a dedicar mais tempo em investigar sua saúde. “Temos informação, mas é muito limitada.
Quando você entra num grupo dessa ordem, você se interessa mais, investiga mais, há uma discussão em sala e isso lhe leva ao autocuidado e à prevenção”, conta. Para ela, todo conhecimento que esclarece é uma forma de prevenção e, no caso da hipertensão, é ainda mais importante por se tratar de uma doença silenciosa.
O curso de orientação nutricional é uma atividade de extensão para idosos. A idade mínima para participar das orientações é de 55 anos. O período para realizar matrículas iniciam em julho. Para mais informações, o interessado deve entrar contato com a coordenação do PTIA, pelo 3215-8489.
Causas da Hipertensão
A hipertensão tem causas genéticas ou alimentares. Qualquer pessoa pode ter hipertensão, mas existem grupos de maior risco. Como pessoas com predisposição genética, idosos por conta do declínio biológico e dos hábitos alimentares.
Sintomas
Os sintomas mais comuns são tontura, fraqueza, dores de cabeça e cansaço.
Fatores de risco
Os principais fatores de risco são o estresse, tabagismo, sedentarismo, obesidade, alimentação inadequada, como aquela muito rica em gordura, enlatados, açucares e sódio.
O que fazer?
O atendimento inicia na rede básica onde clínico avalia e, quando necessário, encaminha para o cardiologista. Após isso, há o acompanhamento da enfermeira, do agente comunitário, da nutricionista para controlar a enfermidade.
Quais cuidados devo ter?
Dentro dos cuidados há dois: a redução da quantidade de sal consumimos todos os dias. Também reduzir alimentos ricos em sódio, como os enlatados (salsichas), os temperos prontos, sopas industrializadas, ketchup e molho de pimenta. Além de reduzir bebidas alcoólicas.
O que consumir?
Prefira alimentos ricos em potássio, como banana, melão, laranja. Ou as leguminosas, como feijões. Os grãos também são importantes, como exemplo a lentilha, por ser uma boa fonte de fibra. A saúde do ponto de vista integral são quatro pilares: alimentação, respiração, movimento e pensamento. Eles são responsáveis pela saúde integral do ser humano.
Texto: Marcos Vieira
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